No Dia da Cachaça, conheça a origem da cachaça, saiba o que foi a Revolta da Cachaça e veja de onde vem o nome da bebida.
O Dia Internacional da Cachaça é comemorado em 13 de setembro. A data celebra a bebida mais brasileira e a única reconhecida como destilado de cana-de-açúcar de origem no Brasil.
De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), a palavra “cachaça” é um lusitanismo da palavra espanhola “cachaza”, que é um subproduto anterior à cristalização do açúcar. A palavra é, portanto, um brasileirismo usado, no século XVI, para denominar a nossa aguardente de cana.
A cachaça é o primeiro destilado das Américas, tendo surgido antes do Pisco, do Tequila, do Rum e do Bourbon.
Pode-se dizer que ela é a mãe do Rum, cujo processo foi implantado no Caribe, precisamente em Barbados (e não em Cuba, como muita gente pensa), em 1655, pelos holandeses expulsos de Pernambuco em 1654.
Além disso, ainda segundo o Ibrac, a cachaça, de tão incorporada aos costumes e hábitos alimentares brasileiros, se tornou parte integrante dos cerimoniais religiosos indígenas e africanos.
HISTÓRIA DA CACHAÇA
Na verdade, embora haja muitas estórias pitorescas e criativas sobre o marco zero da cachaça, o certo é que a sua história se confunde com a História do Brasil, tendo como protagonistas a cana-de-açúcar, o imigrante português e o escravo africano, além dos índios, ao criarem a bebida que mais simboliza o modo de viver e o espírito descontraído do brasileiro.
Existe, por exemplo, uma informação de que a primeira plantação de cana no Brasil foi feita em 1504, pelo fidalgo judeu de Portugal Fernão (Fernando) de Noronha, que recebeu a ilha, que hoje leva o seu nome, para a exploração do pau brasil.
Também há referências de que o primeiro engenho de açúcar foi construído em 1516, na Feitoria de Itamaracá, criada pelo Rei D. Manuel no litoral pernambucano e confiada ao técnico de administração colonial Pero Capico, que teria começado a produção de cachaça quase de forma acidental.
Mas a prova documental dessa tese, a que se assenta a afirmação de Jairo Martins, está nos registros de pagamento de tributo alfandegário sobre uma carga de açúcar, vinda de Pernambuco, datados de 1526, encontrados em Lisboa.
Pesquisas arqueológicas, conduzidas pela Universidade Federal da Bahia, encontraram ruínas de um engenho de açúcar, datadas de 1520, nas redondezas de Porto Seguro.
Fonte: Jc.ne10.uol.com.br